Os docentes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) aprovaram, com apenas uma abstenção, a construção de um movimento grevista por motivos sanitários. A decisão foi tomada em assembleia da Seção Sindical dos Docentes da UFSM (Sedufsm), na noite desta quinta-feira. A preocupação é com a falta previsão para a vacinação de professores, técnico-administrativos e estudantes contra a Covid-19. Os professores, de acordo com o Plano Nacional de Vacinação, entrariam na 4ª e última fase de imunização. A greve pode começar no caso de as aulas presenciais serem retomadas.
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- A posição é pelo retorno somente com a vacinação. Qualquer retomada presencial sem a garantia da segurança sanitária da comunidade acadêmica é irresponsável. É uma greve diferente do que ocorree tradicionalmente, por questões trabalhistas. É uma greve por segurança sanitária. A UFSM é um município dentro de um município. São quase 30 mil pessoas que circulam diariamente no campus - avalia a presidente da Sedufsm, Laura Regina Fonseca.
As discussões acontecem em todas as seções sindicais do Brasil. Em Santa Maria, os docentes ainda irão consultar o sindicato dos técnicos em assuntos educacionais, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) e demais servidores, de acordo com a presidente. As datas para estes encontros ainda não foram definidas.
- Nós não temos concretamente, hoje, uma expectativa de quando seremos vacinados. O país não tem doses. Então, neste ritmo, na hipótese mais otimista, seríamos imunizados no segundo semestre - projeta.
A presidente salienta que a maior preocupação é com a circulação dos 27 mil estudantes sem serem imunizados. A universidade tem cerca de 2,3 mil professores em quatro campi (Santa Maria, Cachoeira do Sul, Frederico Westphalen e Palmeira das Missões). A reitoria da UFSM ainda discute o retorno presencial das atividades. A última reunião da Comissão de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) foi em 22 de janeiro.